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BibliON: confira as dicas de leitura para o Dia das Mães

maio de 2024
Foto: BibliON

As discussões sobre aspectos reais e profundos que envolvem a maternidade nos nossos dias estão cada vez mais presentes na mídia, debates públicos, pesquisas e publicações em direção a uma ideia de uma maternidade desmistificada, possível e real, próxima daquilo que a mulher realmente vive, distante da romantização e mitos em torno do amor materno.

Algumas vozes têm trazido importantes contribuições para a reflexão sobre as consequências de idealizações, chamado a atenção para as dificuldades que as mulheres enfrentam – desde o período da gestação, do puerpério (pós-parto) e da maternidade de forma geral, a luta para equilibrar hormônios, relações pessoais, trabalho e autocuidado, além da necessidade de lidar com realidades como a oferta limitadas de vagas em creches e uma escassa política pública.

Diversos autores, psicanalistas e especialistas trazem à tona uma diversidade de questões para auxiliar na compreensão do papel da mãe na sociedade e de como as mulheres elaboram esse “fenômeno” de ser mãe.

Confira abaixo as  sugestões de leitura da BibliON sobre o tema selecionadas pela equipe da Biblioteca Sabesp. E se você ainda não conhece a BibliON, aproveite! Para utilizar este serviço gratuito, basta acessar o site da plataforma e se cadastrar com o e-mail corporativo da Sabesp.

No caso de dúvidas ou problemas com seu acesso, é só enviar uma mensagem diretamente para: contato@biblion.org.br.

Boa leitura!

BibliON: Dia das Mães

Bebês e suas mães, de Donald Winnicott


Coletânea de nove textos do psicanalista e pediatra, Donald Winnicott, especializado no cuidado infantil. O volume traz, ainda, três textos inéditos do autor sobre a relação mãe-bebê, e um prefácio de Maria Rita Kehl. Esta nova tradução conta com conselho técnico formado por Ana Lila Lejarraga, Christian Dunker, Gilberto Safra, Tales Ab'Saber, Leopoldo Fulgencio. Ao longo dos textos, o autor procura encorajar às mães a confiarem em seus instintos nos cuidados de seus bebês. Ele identifica nos primeiros dias e meses da vida do bebê os alicerces do que será sua saúde mental, e reforça a importância do par mãe-bebê, em que há uma espécie de simbiose, para a saúde mental. Entre os termos clássicos cunhados por Winnicott e aqui descritos está o segurar [holding] – como metonímia da forma como a mãe fornece sustentação para que seu filho se torne uma pessoa saudável –, a mãe suficientemente boa – que não é nem onipotente e procura sanar qualquer sofrimento do filho, nem ausente e distante, deixando a criança em desamparo –, e o ambiente facilitador – que propicia tanto o desenvolvimento do bebê quanto as falhas necessárias para a constituição de sua identidade.

Mulheres que viram mães, de Ligia Moreiras Sena 


Mulheres podem ser muitas coisas. Algumas se tornam mães. Dessas, muitas desejaram a maternidade desde sempre; outras, não. Para estas últimas, a maternidade não era um objetivo de vida e, mesmo assim, de maneira inesperada, surpreendente, até meio apavorante, aconteceu. Este livro é fruto da descoberta da maternidade por uma moça que não a tinha entre seus planos de vida, que nada sabia sobre crianças, gestação, parto, educação, empoderamento, feminismo e autonomia. E que decidiu mergulhar nesse mundo cheio de angústias, medos, inseguranças, dificuldades e cobranças, mas também de beleza, amor, música, sorrisos, abraços, dentinhos, passinhos, peitos cheios de leite, lutas, ações mobilizadoras e criança correndo por perto. Aqui, estão reunidas suas reflexões acerca de gestar, parir, nascer; amamentar e alimentar; criar e amar; e educar com afeto. A autora faz um convite a um olhar amoroso, questionador e disruptivo sobre a maternidade, para que ela seja uma ferramenta de promoção da autonomia das mulheres, incluindo nesse processo as sementes que, germinadas, as ajudaram em sua transformação: suas filhas e seus filhos

Mães especiais: um olhar inclusivo, de Flávia Castro e Silva


 Grande parte das mães se culpam e se isolam do mundo quando recebem em suas entranhas um filho com deficiência. Se entregam a depressão, não se cuidam e não se valorizam como deveriam. Enfrentam a deficiência de um filho como um grande problema que as levam a viver sem esperança, além de não receberem apoio da família e da sociedade preconceituosa. Será que existe uma forma de enfrentar esses desafios, recuperando a autoestima e a alegria de viver? Proporcionar uma melhor qualidade de vida ao filho com deficiência, o aceitando como ele é? Será que existe um Deus, Criador de tudo que há, que nos sustenta em todos os momentos, realmente? É possível vivenciar essa fé extraordinária? Ser grata por receber essa missão tão sublime, nos leva a caminhos de esperança, de aceitação e de um amor genuíno incondicional. A experiência de Flávia Castro e Silva como mãe de uma criança com paralisia cerebral, mãe de mais dois filhos e como educadora infantil e inclusiva, é a sua marca registrada como mãe da vida. De acordo com o seu ponto de vista, nada nos acontece em vão, tudo vem para ensinar. E é disso que trata este livro: de que é necessário aceitar as nossas imperfeições e assumir a nossa autorresponsalidade. De que não existe mãe perfeita, e nem que todo filho tem que vir "normal". Todo filho deve ser acolhido e amado. Aqui você aprenderá com o dono do mais lindo sorriso, que a vida é passageira, que podemos sim ressignificar a vida sorrindo, nos aceitando como somos e com as nossas diferenças. Sorrir é agradecer a Deus por estarmos vivos. Assim ensinou Davi a sua mãe Flávia, a confiar naquele que nos presenteou com o dom da vida, o nosso Criador. E através da vida, dar o melhor sentido a ela, sendo melhores para nós e para o universo. Que assim seja!