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Carnaval é declarado patrimônio imaterial do estado de São Paulo

maio de 2022
Foto: Carnaval em São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo (2014); Foto Freepik

O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) incluiu o carnaval paulista no patrimônio imaterial do estado de São Paulo. A decisão abrange os desfiles de escolas de samba, os blocos e outras práticas carnavalescas, como sambas enredos, preparo de fantasias, carros alegóricos e ensaios.

O estudo incluiu as práticas e rituais preparatórios dos desfiles ao longo do ano e outras atividades das escolas que não são mostradas na avenida, nas quais se encontram os saberes dos bambas – mestres antigos do samba -, sua relação com o samba paulista, seu enraizamento nas comunidades e sua inserção no cotidiano dos bairros onde estão as sedes das escolas de samba. 

"As escolas surgem a partir de cordões, que se configuram como as primeiras organizações da prática do samba, ainda em formato de procissão. Esses lugares são, historicamente, locais de sociabilidade das camadas mais populares, principalmente negros, que encontraram uma forma legítima de realizar suas práticas”, diz o parecer.

O registro abrange as manifestações carnavalescas de todo o estado, inclusive do interior e litoral. Alguns carnavais, como o de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, preservam tradições centenárias. 

Carnaval e Literatura

A festa mais popular da cultura brasileira tem espaço nas prateleiras em obras que retratam o universo do Carnaval com nomes como Jorge Amado (O País do Carnaval), Lygia Fagundes Telles (Antes do Baile Verde), Ruy Castro (Carnaval no Fogo) Denilson Monteiro (Divino Cartola – Uma Vida Em Verde e Rosa), Luiza Trigo (Carnaval), Mirna Brasil Portella (Carnavalança), entre tantas outras. 

Fonte: O Estado de S. Paulo 

Imagem: Freepik