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Confira como foi o “Bate-papo com o autor", com os sabespianos Ricardo Avari e Priscila Franco (mediação)

agosto de 2022
Foto: SP Leituras

Contar a história de uma pandemia fictícia na cidade de Santos em 1906, unindo as trajetórias de personagens históricos como Carlos Chagas, Saturnino de Brito e Oswaldo Cruz com as de sujeitos ficcionais, mães de santo, prostitutas e populares, tudo isso com um bom tempero de histórias de terror, já não foi tarefa fácil para Ricardo Avari. Seu livro recém-publicado, Porto Maldito – alcunha conferida à cidade de Santos à época – , se propôs a contar esta jornada, quando o autor se deparou com o cenário real da pandemia do coronavírus, que fez com que a obra também ganhasse novos contornos.

O "Bate-papo com o autor", encontro que integra o calendário da Programação Cultural da Biblioteca, recebeu, no dia 22 de julho, o sabespiano Ricardo Avari (TOQ) para uma conversa instigante conduzida pela Embaixadora da Biblioteca Sabesp, e também sabespiana, a jornalista Priscila Dias Franco Dutra, assessora de comunicação da Unidade de Negócio Baixo Paranapanema – RB. Na ocasião, ele falou sobre o que o inspirou a escrever a obra, seu trabalho de proteger a saúde das pessoas, sua atuação junto à população e da história de Santos e personagens reais da época, além de dar uma pincelada nas narrativas sobre epidemias na literatura e a atual situação em que vivemos. 

O impulso inicial de Avari para escrever Porto Maldito se deu quando ele adquiriu a gripe H1N1. Ali, já começara a traçar a ideia de um conto, que se tornaria um livro de 200 páginas. A proposta era “brigar” com a doença. Foi a saída (e a oportunidade) encontrada para reunir os seus conhecimentos e referências e partir para a experiência da escrita.

Na Sabesp há 13 anos, Avari trabalha com análises microbiológicas dos produtos água e esgotos. É biólogo especialista em saúde pública, saneamento, qualidade da água e zoologia e escritor, com passagens pela dramaturgia – esta, inclusive, que inspira o autor a utilizar o recurso de diálogos para dar peso a determinadas situações.

Porto Maldito traz um panorama ficcional que se passa em Santos do fim do século XIX e início do século XX, uma cidade considerada a mais importante do Hemisfério Sul, contando com avanços nas áreas de instações de eletricidade e saneamento. Neste cenário, passeiam os grandes sanitaristas, personagens que deixaram importantes legados para a saúde pública no Brasil. Mas o protagonismo mesmo fica por conta das pessoas comuns (os personagens fictícios). Eis o pano de fundo para contar um momento histórico, utilizando a linguagem do terror como uma forma lúdica de comunicar assuntos complexos, por exemplo, a dinâmicas de uma pandemia.

Sobre suas referências, a lista é grande: desde autores de teatro como Bertholt Brecht, Molière e Dias Gomes, passando por Moacir Scliar (biografia de Osvaldo Cruz), José Saramago (Ensaio sobre a Cegueira) e Camus (A Peste), até as HQs. 

O livro Porto Maldito já está disponível no nosso catálogo. Você  também pode adquiri-lo acessando a Amazon. 

Assista a live na íntegra pelo Workplace.