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Dia Internacional da Mulher

março de 2024
Foto: Reprodução da tela "Leitura" (1892), José Ferraz de Almeida Júnior. Fonte: Pinacoteca de São Paulo (Google Arts & Culture)

Em março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8), a Biblioteca Sabesp preparou uma surpresa àquelas que, além de grandes leitoras, são as maiores incentivadoras do hábito da leitura no Brasil - dentro e fora da família. Ao longo deste mês, todas as sabespianas que fizerem empréstimos receberão um livro novo de brinde!

Mulheres leitoras

Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural e Ibope Inteligência (2020), as mulheres leem em média mais do que os homens no País, revelando que 59% são leitoras, enquanto apenas 52% do público masculino é adepto do hábito.

Em um recorte de gênero, o estudo mostra ainda que a disparidade entre os gêneros vem aumentando. Em 2015, a diferença era discreta, de 52% para elas contra 50% para eles. No último levantamento, o percentual de mulheres leitoras cresceu 7% (59% em 2019) e o dos homens apenas 4% (54% em 2019).

Sendo maioria leitora no país, a figura feminina, conforme indicam as últimas pesquisas, exerce um importante papel na formação de leitores - dentro e fora da família. Apesar disso, elas continuam sendo pouco representadas no mercado editorial, desde a produção até a publicação de livros. 

 

Mulheres lideram projetos de incentivo à leitura por todo o Brasil


Reprodução da tela Moça com livro (s/d), José Ferraz de Almeida Júnior. Fonte: MASP - Museu de Arte de São Paulo (Google Arts & Culture).

Quem está construindo um Brasil leitor? Essa pergunta é o cerne da pesquisa O Brasil que Lêiniciativa da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), em parceria com o Itaú Cultural, que mapeia projetos de incentivo à leitura e formação de leitores, promovidos pela sociedade civil e por gestões públicas no País. Enquanto panorama da leitura no país, se soma à pesquisa Retratos da Leitura.

O levantamento inédito registrou 382 ações no campo da leitura em 24 estados brasileiros. Mais de 220 mil pessoas são atingidas por esses projetos. As mulheres lideram 74% das iniciativas, sendo que parcela significativa das ações são conduzidas por pessoas que atuam voluntariamente (44,76%) e utilizam recursos próprios para manter as atividades (39%). Nenhuma das ações, de acordo com a pesquisa, recebe recursos federais do Plano Nacional de Livro e da Leitura (PNLL) para a sua continuidade.

Curiosidade: coincidência ou não, o projeto conta com uma equipe totalmente feminina, composta por pesquisadoras das áreas de Letras, Biblioteconomia, Educação, Administração, Comunicação.


Mulheres compram mais livros


Reprodução da tela Repouso (s/d), José Ferraz de Almeida Júnior. Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras (flickr.com)

Uma nova pesquisa da Câmara Brasileira do Livro realizada pela Nielsen BookData, o primeiro Panorama do Consumo de Livros, apontou que 84% da população adulta do Brasil não comprou nenhum livro no último ano. Entre a população adulta que comprou ao menos um livro nos últimos doze meses, 57% são mulheres e 43% são homens. Concluindo que apenas 16% da população brasileira é consumidora de livros, o perfil do comprador de livros está mais concentrado em mulheres, de classes C e B.

Mulher, leitora, mãe e mediadora de leitura

A importância do hábito da leitura está no centro das discussões sobre desenvolvimento humano, uma vez que no Brasil, apenas pouco mais da metade da população (52%) tem hábitos de leitura, com a Bíblia e os livros religiosos dominando a preferência. Além disso, o país perdeu 4,6 milhões de leitores em quatro anos. No entanto, mulheres apresentam novas formas de transformação dessa realidade (RETRATOS DA LEITURA, 2020).

Dados do referido estudo, indicam a mãe ou a mulher responsável pela educação na família como a principal incentivadora do hábito de leitura: professor(a) e as mães são apontados como os principais influenciadores(as) do gosto pela leitura (15%), seguidos pelos pais (6%).

Por fim, extrapolando questões de gênero, as pesquisas recomendam que seguir incentivando hábitos de leitura nos primeiros anos de vida é crucial para a promoção de uma série de campos da existência humana, incluindo o desenvolvimento cognitivo, a percepção sobre o mundo, o respeito às diferenças e o estímulo à criatividade.



 Reprodução da tela Saudade (1899), José Ferraz de Almeida Júnior. Fonte: Pinacoteca do Estado de São Paulo (Google Arts & Culture).

 


Fonte: GloboO GloboUOLItaú CulturalPublishnewsCENPEC