Lei Nelson Sargento: escolas de samba são patrimônio cultural nacional
fevereiro de 2024
Os desfiles, música, práticas e tradições das escolas de samba como manifestação da cultura nacional foram reconhecidos por uma lei aprovada pelo Congresso Nacional em abril de 2023. A norma foi batizada de Lei Nelson Sargento, em homenagem ao cantor, compositor músico, pintor, pesquisador, ator e escritor carioca, ex-presidente de honra da Mangueira. Figura de extrema relevância para cultura popular brasileira, Nelson Sargento completaria 100 anos em julho de 2024.
Obra imortal: o centenário de Nelson Sargento
Nascido em 25 de julho de 1924, na Praça XV, Centro do Rio de Janeiro, Nelson Mattos (25 de julho de 1924 – 27 de maio de 2021) viveu quase 97 anos. Ganhou o apelido de Nelson Sargento depois de servir o Exército por 4 anos.
Foto: Edinho Alves/Divulgação. Reprodução do site G1.
Envolvido com o samba desde a pré-adolescência, o artista
compôs mais de 400 músicas. Entre seus parceiros de composição musical, estão
Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim,
Daniel Gonzaga e Rô Fonseca. O sambista era presidente de honra da escola de samba Mangueira desde
2014, quando completou 90 anos. Nos anos 60, Sargento integrou o grupo A Voz do
Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do
Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.
Literatura, cinema e artes plásticas
Foto: divulgação
Paralelamente à carreira de músico, o mestre do samba
desenvolveu aptidão para as artes plásticas e também na literatura. Escreveu os
livros “Prisioneiro do Mundo” e “Um certo Geraldo Pereira”, dedicando seus
últimos anos à leitura e conclusão de versos. Nelson também tem livros de
poesia publicados. O primeiro, "Prisioneiros do mundo" (1994), foi
lançado por insistência de sua mulher, Evonete. Sua obra poética inclui
reflexões existenciais e temas relacionados à natureza. A inspiração, tanto para
as composições quanto para as poesias, sempre foram a vivência nas ruas e a
boemia.
Nas artes plásticas,
o artista retratou o cotidiano das favelas cariocas. Suas pinturas são
inspiradas no seu universo de sambista: mulatas, baianas, passistas, além de
paisagens de morros e barracos. No cinema, ele atuou nos filmes “O Primeiro
Dia”, de Walter Salles e Daniela Thomas, “Orfeu”, de Cacá Diegues, e “Nélson
Sargento da Mangueira” de Estêvão Pantoja, que rendeu ao sambista o Kikito, no
Festival de Gramado, pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta
metragem.
Conheça mais sobre a vida de Nelson Sargento clique neste link. E que tal ouvir um pouco da sua obra?
Fonte: Agência Câmara de Notícias e Agencia Brasil e
Portal G1, EBC