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Lei Nelson Sargento: escolas de samba são patrimônio cultural nacional

fevereiro de 2024
Foto: Nelson Sargento, falecido em 2021, é homenageado nomeando a nova lei. Foto: Wikipedia

Os desfiles, música, práticas e tradições das escolas de samba como manifestação da cultura nacional foram reconhecidos por uma lei aprovada pelo Congresso Nacional em abril de 2023. A norma foi batizada de Lei Nelson Sargento, em homenagem ao cantor, compositor músico, pintor, pesquisador, ator e escritor carioca, ex-presidente de honra da Mangueira. Figura de extrema relevância para cultura popular brasileira, Nelson Sargento completaria 100 anos em julho de 2024. 

Obra imortal: o centenário de Nelson Sargento

Nascido em 25 de julho de 1924, na Praça XV, Centro do Rio de Janeiro, Nelson Mattos (25 de julho de 1924 – 27 de maio de 2021) viveu quase 97 anos. Ganhou o apelido de Nelson Sargento depois de servir o Exército por 4 anos.

Foto: Edinho Alves/Divulgação. Reprodução do site G1.

Envolvido com o samba desde a pré-adolescência, o artista compôs mais de 400 músicas. Entre seus parceiros de composição musical, estão Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca. O sambista era presidente de honra da escola de samba Mangueira desde 2014, quando completou 90 anos. Nos anos 60, Sargento integrou o grupo A Voz do Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.

Literatura, cinema e artes plásticas


Foto: divulgação

Paralelamente à carreira de músico, o mestre do samba desenvolveu aptidão para as artes plásticas e também na literatura. Escreveu os livros “Prisioneiro do Mundo” e “Um certo Geraldo Pereira”, dedicando seus últimos anos à leitura e conclusão de versos. Nelson também tem livros de poesia publicados. O primeiro, "Prisioneiros do mundo" (1994), foi lançado por insistência de sua mulher, Evonete. Sua obra poética inclui reflexões existenciais e temas relacionados à natureza. A inspiração, tanto para as composições quanto para as poesias, sempre foram a vivência nas ruas e a boemia.

Nas artes plásticas, o artista retratou o cotidiano das favelas cariocas. Suas pinturas são inspiradas no seu universo de sambista: mulatas, baianas, passistas, além de paisagens de morros e barracos. No cinema, ele atuou nos filmes “O Primeiro Dia”, de Walter Salles e Daniela Thomas, “Orfeu”, de Cacá Diegues, e “Nélson Sargento da Mangueira” de Estêvão Pantoja, que rendeu ao sambista o Kikito, no Festival de Gramado, pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta metragem.

Conheça mais sobre a vida de Nelson Sargento clique neste link. E que tal ouvir um pouco da sua obra?


Fonte: Agência Câmara de Notícias e Agencia Brasil e Portal G1, EBC