| Notícias

“Minha literatura traz a palavra que não quer ficar quieta”, diz Marcelino Freire durante “Bate-Papo com o autor” de setembro

outubro de 2022
Foto: SP Leituras

Sua escrita é concisa e marcada pela oralidade e ironia, e temas polêmicos como o preconceito, a violência e a pobreza permeiam toda a obra do pernambucano nascido em Sertânia, em 1967, Marcelino Freire. Radicado em São Paulo desde 1991, o escritor iniciou sua produção literária na década de 90, e vem produzindo uma prosa inovadora e consagrada pela crítica por meio ‘de uma palavra que nunca está estacionada em um lugar’. “Minha trajetória de oralidade, de uma fala muito nordestina, de um lugar desse grito, dessa ladainha e dessa reza vem pelo fato de eu ser um sertanejo nordestino”, observa o autor.

Em conversa com o jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto, no “Bate-papo com o autor” de setembro, Marcelino Freire - um dos destaques da literatura contemporânea brasileira -, falou aos sabespianos sobre sua carreira, produção literária, a paixão pelo teatro e, também, sobre suas atividades que agitam o cenário cultural brasileiro: ele é o criador e curador da Balada Literária, evento que reúne, desde 2006, escritores nacionais e internacionais pelo bairro da Vila Madalena, em São Paulo, e que atualmente, já se estende para outras cidades do país.

Durante o encontro, em uma deliciosa prosa, Marcelino apresentou um panorama de sua trajetória literária comentando suas principais obras, desde 1995, quando lançou de forma independente o seu primeiro livro de contos, AcRústico. A obra reúne uma série de aforismos e contos que surgem de percepções do autor sobre a sociedade contemporânea.

Depois disso, o autor ainda lançaria Angu de Sangue (2000), o livro de aforismos EraOdito (2002), além de outros volumes de contos, como BaléRalé (2003) e Contos Negreiros (2005), em versão de audiolivro, que lhe rendeu o prêmio Jabuti em 2006: “um livro sobre preconceitos”, afirmou o escritor. Ele também publicou o primeiro romance de sua carreira, Nossos Ossos, que recebeu no ano seguinte o prêmio Machado de Assis de Melhor Romance pela Biblioteca Nacional. Mais recentemente, o autor lançou o livro Bagageiro: trata-se de uma coletânea de “contos”, entitulados por ele como “ensaios de ficção”.

As ideias, livros, casos e histórias deste instigante autor não termina por aqui. Se você quiser ver ou rever a conversa com Marcelino Freire, confira a live na íntegra pelo Workplace.