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Relembre uma das obras mais importantes do poeta Thiago de Mello, autor de "Os Estatutos do Homem"

fevereiro de 2022
Foto: Alberto César Araújo/Folhapress

O poeta brasileiro Thiago de Mello morreu em Manaus aos 95 anos, em janeiro último. Ele deixa obras importantes como o poema Os Estatutos do Homem, cujo primeiro artigo dizia “Fica decretado que agora vale a verdade, agora vale a vida, e de mãos dadas marcharemos todos pela vida verdadeira”. Thiago de Mello também era tradutor e reconhecido como um ícone da literatura regional.

Amadeu Thiago de Mello, nasceu em Porantim do Bom Socorro, município de Barreirinha, no Estado do Amazonas, no dia 30 de março de 1926. Cresceu e estudou em Manaus, e mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro, onde em 1946 ingressou na Faculdade Nacional de Medicina. Não concluiu curso e seguiu a carreira literária.

Em 1947, Thiago de Mello publicou seu primeiro volume de poemas, Coração da Terra. Em 1957 foi convidado para dirigir o Departamento Cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro. Entre 1959 e 1960 foi adido cultural na Bolívia e no Peru. 

Entre os anos de 1961 e 1964 foi adido cultural em Santiago, no Chile, onde conheceu o escritor Pablo Neruda, de quem fez a tradução de uma antologia poética. Em 1964 o poema Os Estatutos do Homem também foi traduzido por Pablo Neruda.

Thiago de Mello ficou conhecido como poeta dos Direitos Humanos

O autor tornou-se nacionalmente conhecido como um intelectual engajado na luta pelos Direitos Humanos, e manifestou em sua poesia o seu repúdio ao autoritarismo e à repressão.

Retornou para Santiago, onde permaneceu exilado durante dez anos. Em 1975 recebeu o Prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos de Arte, pelo livro “Poesia Comprometida Com a Minha e a Tua Vida”.

Voltou ao Brasil em 1978. Ao lado do cantor e compositor Sérgio Ricardo, participou do show Faz Escuro Mas Eu Canto, dirigido pelo cronista Flávio Rangel. Ainda em 1978, retorna para a cidade de Barreirinhas, no Amazonas. Em abril de 1985, o poema Os Estatutos do Homem, de 1977, foi musicado por Cláudio Santoro, e abriu a temporada de concertos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Thiago de Mello foi homenageado pela 34º Bienal de São Paulo, em setembro do ano passado. O tema da edição era Faz escuro mas eu canto, verso escrito pelo poeta em Madrugada Camponesa, de 1965.

Relembre o poema Os Estatutos do Homem e saiba mais sobre o autor clicando neste link. 

Fonte: G1 Amazonas Folhapress