Envelhecer é um caminho que todos trilhamos juntos: a Terra, o Universo, os ciclos do dia, o sol, a lua — e nós, seres humanos. Desde o nascimento, já estamos envelhecendo. É um processo contínuo e singular, que começa antes mesmo da nossa chegada ao mundo, se renova a cada despertar e cujo desfecho permanece um mistério. Nesta obra, Monja Coen, fundadora da Comunidade Zen-Budista Zendo Brasil, compartilha reflexões delicadas e profundas sobre o envelhecer — um tema muitas vezes temido e evitado. Como encontrar leveza ao longo desse caminho? Como lidar com as transformações do corpo, da mente e da memória? Como acolher nossas vulnerabilidades e aprender a pedir ajuda? E, afinal, como encarar a morte, que parece se aproximar com o tempo? Com serenidade e clareza, a autora entrelaça relatos pessoais, ensinamentos sagrados e a sabedoria da prática zen-budista, convidando o leitor a olhar para dentro de si e perceber: envelhecer é a expressão viva de todo o nosso passado, manifestando-se no presente — neste exato instante.

Os juros estão presentes em diversas esferas da vida cotidiana. Em essência, trata-se de um princípio econômico simples: quem toma emprestado antecipa um benefício para usufruto imediato, comprometendo-se a pagar mais no futuro; já quem empresta, renuncia a algo no presente, esperando receber uma quantia superior adiante. Neste ensaio instigante, Eduardo Giannetti argumenta que os juros vão muito além das finanças: são expressão de um fenômeno natural, tão onipresente quanto a gravidade ou a fotossíntese. Desde que o ser humano aprendeu a planejar o futuro, passou a lidar com escolhas que envolvem tempo, renúncia e recompensa — e, com isso, incorporou a lógica dos juros à sua vida. Fazer dieta, estudar para o vestibular ou praticar exercícios físicos são exemplos cotidianos de decisões baseadas nessa dinâmica. É por essa perspectiva original que o autor aborda o tema, ampliando sua análise para além do campo econômico e revelando como os juros estão profundamente enraizados em aspectos comportamentais, sociais e institucionais da sociedade. A obra também lança luz sobre os dilemas éticos relacionados à cobrança de juros excessivos, mas sem propor soluções prontas. Ao invés disso, apresenta uma reflexão densa e sensível, que traduz as inquietações, experiências e esperanças de um cidadão brasileiro atento às contradições e aos desafios do seu tempo.

‘Você nunca mais vai ficar sozinha’ É com essa frase, dita por sua mãe, que a personagem principal da história, recebe a notícia da própria gravidez — uma menina está a caminho. Hipocondríaca, entrega-se com rigor aos exames pré-natais. Em longas conversas com sua enfermeira favorita, Karine, revisita as dores e dilemas da relação com a mãe, reclama das dificuldades da gestação e projeta, com ansiedade e ternura, o amor (e os medos) que a maternidade promete despertar.